Receptáculo

Descrição

RECEpTÁCULO. POEMAS barra ESTÓRIAS barra CONVERSAS PRIVADAS.

“Este RECEpTÁCULO marca a história de um caminho. O caminho de Abel Magalhães enquanto autor e enquanto poeta; mas também o caminho de todos nós, amigos (mais ou menos) próximos, acolhidos pelo calor solidário de todos estes poemas/ estórias/ conversas privadas, amigos enquanto presença de outro(s), marca de água incontornável do autor.
E também por isso este caminho de Abel Magalhães nunca se quer solitário, radicando, no mais profundo de si e de nós, no amor, nessa essência que verdadeiramente nos diz e nos faz viver por inteiro. Até na perda, na dor e na ausência.
O amor de que é feito o essencial da vida; mas também o amor de que deve ser feito o essencial da morte. Neste espantoso texto poético de Abel Magalhães, o amor marca-nos e é o amor que marca tudo o que de nós faz parte. Até a dor: “para que a dor fosse minha, para doer só a mim”… E até a morte: “Só parte de nós quem de nós nunca fez parte!”…
Como em Sophia também é dito: “Se tanto me dói que as coisas passem/ É porque cada instante em mim foi vivo/ Na luta por um bem definitivo/ Em que as coisas de amor se eternizassem”. E, neste texto de Abel Magalhães, assim fecundando todos e cada um dos dias. Mesmo no Inverno, “Um Inverno que me trouxe amigos que abraço”; e que se mostra exuberante, maravilhado, de alegria pura, nos “Frutos de fruto meu”.
Este é um texto poético maior e luminoso, que pede e exige a nossa escuta para o mistério insondável da Vida, feita de muitos e múltiplos caminhos, a que só o Amor pode conferir sentido.”

• – in Prefácio de Rui Assis