Em Três Pretos Pontos
15,00€
Autor: João Pena
Design: Pedro E. Santos
Formato: 23,5x 15,5 cm
ISBN: 978-989-35627-5-8
144 páginas
Capa mole com badanas
Descrição
“A Blue Book volta a publicar “João Pena”, nome suposto do autor, Henrique Cascão, e pseudónimo assumido apenas como “divisor de àguas” entre a actividade poética do restante da sua actividade jurídica, nas funções de magistrado do ministério público.
Depois de no outono de 2021 ter vindo a lume, também pela mão da Blue Book e hoje já em 2ª edição, a sua primeira obra poética (“O Tabagista Só”) que se subtitula, em jeito de rótulo identitário, como “lírica inconjugada”, João Pena de novo reincide sob o mesmo rótulo e agora com o principal título, talvez enigmático, dos “três pretos pontos”: mas deixa-se ao próprio autor o ensejo de, no prólogo, esclarecer e apresentar o título e a estrutura e conteúdo deste livro.
Nem de longe compete ao editor substituír-se à crítica mas, sem embargo e sem o fazer, cabe-lhe também apreciar o que vai publicar e saber no que aposta, e só por isso dizer que neste seu segundo livro João Pena, para além da feição mais lírica com que se revelou na sua obra de estreia, consegue aqui deixar-nos outra faceta: pontos de reflexão concisa numa época de tanto relativismo e liquefeitas incertezas: tudo num estilo formal que vai lembrando, em fusão mais pessoal, as velhas cantigas d’amigo, os simbolistas e algo do modernismo de novecentos, mas sobretudo fazendo uma nada esperada incursão à antiguidade latina, trazendo à memória o seu modo sincopado e despido de versificar: outros dirão diversa coisa sobre a sua inspiração e jeito de escrita mas não custa concordar não ter esta poesia assumido nenhum decisivo alinhamento de corrente pois, como dito nas palavras do seu autor, “quanto ao estilo formal dos poemas, não há um só estilo ou mesmo estilo algum, ao menos premeditadamente ideado”…o certo é que a palavra é por ele tratada com elaboração minuciada: e é esse o seu recorte, o seu “estilo”.
Então, assim se faça: leia-se e que corra mundo, o especial mundo dos que lêem poemas, pois é para isso que este “em três pretos pontos” é dado à estampa.” – O Editor